De uma ponta a outra da adorável “bota” não faltam catedrais, palácios, fortalezas, importantíssimos sítios arqueológicos e incontáveis e sublimes obras de arte. Um festival de encantos que, como os deliciosos vinhos da terra, está pronto para ser degustado com a abundância que a tradição italiana manda – as refeições aqui podem ter até seis etapas –, mas pouco a pouco, no mais perfeito estilo slow food. Em poucos lugares do mundo pode-se apreciar tamanha diversidade e apuro no preparo do que em Bolonha, capital da Emilia-Romagna (e não estamos só falando do clássico molho a bolonhesa, aliás ragù bolognese). Como se tamanha generosidade de história, cultura e gastronomia não fossem suficientes, a Itália é um país de infindáveis e belíssimas paisagens, dono de uma eclética gama de opções turísticas. Você escolhe: relaxar em charmosos vilarejos, deslizar sobre a neve dos Alpes, tomar sol dependurado em casinhas típicas sobre o mar na Costa Amalfitana...
Ou então ver de perto maravilhosas cidades que são espetáculos arquitetônicos como Veneza, Florença e Roma. Completamente distintas entre si, elas são o símbolo de um país histórico, porém razoavelmente jovem, com apenas 150 anos de idade. Antes disso, era um país fragmentado em reinos e repúblicas, uma divisão até hoje sentida nos dialetos, cozinha (pasta, polenta ou arroz?) e debates econômicos.
Parada no tempo em povoadinhos da Sicilia ou cosmopolita em Milão, urbana em Gênova ou romântica em San Gimignano, a Itália é terra para todos os gostos e sonhos. De bicicleta pelos campos da Toscana, de barco ao longo de seu belo litoral ou a bordo de um possante esportivo empurrado por um V12, curta as grandes e pequenas atrações, pare onde lhe der na cabeça e viva um país maravilhoso.
Há poucos, pouquíssimos países no mundo onde a gastronomia é tratada com tamanha devoção. Sim, você esgotará sua cota de pizzas, polentas e pastas com molhos para lá de batidos, como o bolonhesa. Mesmo assim, não deixe de provar especialidades locais, feitas com ingredientes locais tão raros como castanhas, cogumelos, embutidos, cortes de carne e queijos que só são encontrados na região de origem. Isso sem falar nos vinhos.
Para quem está com o orçamento muito, muito curto, pizza al taglio (em pedaços) e quiosques que vendem deliciosos sanduíches (como muffulettas ou paninis recheados com prosciutto, mozzarella, tomate e manjericão) são uma ótima solução. De sobremesa, prove os imbatíveis sorvetes de casquinha das gelaterias. Já para quem tem alguns euros a mais para gastar, trattorias e osterias oferecem pratos bem servidos, normalmente carnes e massas, a preços bem razoáveis. Para uma refeição mais elaborada, preste atenção nos cardápios dos restaurantes, sempre com um menu do dia para o almoço com entrada (antipasto), prato principal e uma taça de vinho da casa. Para o jantar, normalmente há dois pratos quentes, o primo piatto (sopa, pasta ou arroz) e o secondo piatto (usualmente carne).
Para um lanchinho vespertino, cafés são uma ótima opção, com todo aquele emaranhado de formas de preparo: curto, longo, ristretto, capuchino, corretto, etc. etc.
Vegetarianos normalmente não encontrarão casas especializadas, principalmente em cidades menores, mas tampouco terão problemas em achar um prato adequado a eles nos extensos cardápios dos restaurantes. A quantidade de legumes, verduras e cogumelos disponíveis é tão ampla e preparada de forma tão acurada que atrai até os carnívoros.
Roma é daquelas cidades que te conquista à primeira vista. Impossível não se apaixonar por essa cidade que, ao se distrair, você esbarra em um monumento romano. Dizem que uma vida não é suficiente para conhecer todos os seus segredos, mas se morar em Roma não é uma possibilidade, recomendo passar pelo menos uma semana na capital italiana.
Veneza, a cidade romântica, é um mundo a parte. Não existe cidade igual a ela, com seus milhares de canais que impossibilitam você seguir em linha reta. Eu particularmente dispenso mapas quando vou a Veneza. Prefiro seguir as placas feitas pelos cidadãos mesmo e bem, no resto, eu me viro. Um conselho: se gostou de alguma coisa em alguma vitrine, compre. Não sei se você achará a loja de novo o caminho de volta, rs.
Florença -O berço do Renascimento. Florença é tão especial que existe até mesmo uma síndrome, que foi criada para ela, chamada Síndrome de Stendhal, na qual a pessoa sente vertigens devido ao excesso de beleza, que está para todos os lados. Eu sou suspeita porque essa é a minha cidade do coração por ter morado lá. Não há como não amar Florença ou Firenze, como dizem os italianos.
Assis é uma cidade dividida em parte alta e parte baixa (coisa comum na Itália). A parte famosa da cidade é a alta, pois é onde se encontra a Basílica de São Francisco de Assis. É impressionante como todos que visitam a cidade sempre mencionam a paz encontrada no local e é bem por aí mesmo. Independente de sua crença, é uma cidade que vale muito a pena visitar.
Nápoles - Infelizmente, uma cidade dominada pela máfia, então todo cuidado é pouco (e também há um descaso com a limpeza da cidade, muito triste de se ver), mas ela é uma cidade de valores arquitetônico e cultural importantíssimos. Fora que ela é a cidade que deu origem à pizza. Visite se você quiser saber como são as pizzas italianas (bem diferentes das nossas).
Gênova - É com pesar que eu digo que não visitei essa cidade. Meu amigo foi e se apaixonou completamente. Lá fica o famoso Aquário, a Catedral e a Lanterna de Gênova, além de outros dois patrimônios da humanidade declarados pela UNESCO: as Strade Nuove, um conjunto de ruas do centro histórico, e os Rolli di Genova, uma lista de palácios e residências que recebiam famílias nobres. Imperdível e, provavelmente, apaixonante.
Siena - Já pensou em visitar uma cidade que é dividida em 16 bairros, sendo que cada qual tem sua bandeira, suas cores e seu brasão? Pois é, bem vindo a Siena, cidade que me conquistou por conta de toda essa “rivalidade”, existente por conta do Palio, famosa corrida de cavalo que acontece duas vezes no ano e literalmente divide a cidade.
Turim - Dizem que se você busca moda, procure Milão. Se você busca cultura, procure Turim. Ela também entra para a minha lista de não visitadas. A cidade – que é cortada pelo maior rio italiano, o Pó, cercada pelos Alpes e cujo símbolo é a Mole Antonelliana, onde fica o Museu Nacional do Cinema – tem uma variedade enorme de prédios, mercados, lugares sacros, teatros e parques para se visitar.
Verona - Os italianos a consideram uma Roma menor, há muitos vestígios romanos espalhados pela cidade. No entanto, o destaque fica por conta de Romeu e Julieta, cuja história tem como pano de fundo essa cidade. Você verá referências ao casal por tudo. Para mim, quem ganha destaque mesmo é a sua Arena, intacta, que recebe apresentações de óperas todos os anos durante o verão.
Cinque Terre (As cinco cidadezinhas charmosas na costa italiana)
Digo bônus porque essas contam como cinco cidades e não uma. As charmosas Monterosso al Mare, Vernazza, Corniglia, Manarola e Riomaggiore ficam na costa da Ligúria e o caminho entre elas deve, originalmente, ser feito a pé, em trilha. Mas se você estiver com pressa (o que eu não aconselho, por experiência própria), você consegue fazer de trem, que liga as cinco cidades. Charmosas com suas casas em tons pastéis e com uma vista para o mar Mediterrâneo de tirar o fôlego.
San Gimignano - Fica na região da Toscana, e muita gente faz bate-volta de Florença para conhecer essa pequena cidade medieval – o que é uma pena: se você pernoitar em San Gimignano vai descobrir uma cidade que amanhece e anoitece muito mais charmosa, bem diferente da muvuca de turistas do meio do dia.
Milão - O frio e o cinza, assim é conhecida no resto do país e do mundo. Uma cidade industrial, grande, o poder econômico do país, cidade de negócios e das grandes oportunidades trabalhistas e financeiras: grandes empresas, universidades e fábricas centram a atenção do norte da Itália nesta cidade. Mas Milão possui um coração que a enche de vida e doçura: seus museus, galerias de arte, sua famosa catedral e suas fabulosas ruas de lojas fazem dela uma cidade única e transitada.
Bellagio - Uma das cidades mais lindas que já conheci. Fica na divisa da Itália com a Suíça. Lugar charmoso, paisagens inesquecíveis, restaurantes deslumbrantes, uma cidadezinha pitoresca mesmo, daquelas que parecem de filme, e um charme, ah.. esse charme que só a Itália consegue ter.
Costa Amalfitana - A cerca de 70 km da caótica cidade de Nápoles está um dos mais paradisíacos e românticos cenários do território italiano. Palco de filmes hollywoodianos, luas de mel apaixonadas e histórias milenares, a Costa Amalfitana é, sem dúvida, um lugar que propicia um encontro perfeito entre a terra e o mar – e entre turistas e seu sonho ideal de viagem.
A paisagem é o grande cartão de visitas da região: de seu calmo mar verde-esmeralda erguem-se, abruptamente, montanhas acidentadas que abrigam farta natureza mediterrânea e chegam aos 500 metros de altura. Neste caminho entre a água e o céu surgem, penduradas sobre as encostas, as quase 20 vilas que compõem a Costa Amalfitana. Os nomes são italianíssimos (Atrani, Positano, Ravello, Praiano, Maiore, Minori, Nocelle, Amalfi) e representam a alma de um lugar que sintetiza, como poucos locais na Itália, todo o significado da filosofia da "dolce vita".
O clima da Itália pode variar de região para região. O norte italiano (Milão, Turim e Bolonha) tem um clima Continental, quando abaixo de Florença apresenta o clima Mediterrâneo. O clima das áreas litorâneas da Península é muito diferente do interior, particularmente nos meses de inverno. As áreas mais elevadas são frias, úmidas e frequentemente recebem a precipitação de neve. As regiões litorâneas tem um clima Mediterrâneo típico com invernos suaves e verões quentes, geralmente secos. A região alpina é marcada por um clima frio de montanha, com invernos rigorosos e verões um pouco menos fríos. Stelvio, por exemplo possui médias de -12°C de inverno e 5°C de verão. Há diferenças notável nas temperaturas, sobretudo durante o inverno: em certos dias em Dezembro ou Janeiro pode-se nevar em Milão a -2°C, quando em Palermo ou Nápoles as temperaturas então em +17°C. Certas manhãs Turim pode amanhecer com -10°C, quando no mesmo tempo Roma se encontra com +6°C e Reggio Calabria +12°C. No verão a diferença é mais clara, a costa leste nao está tão úmida como a costa ocidental, mas no inverno está geralmente mais fria. Nos meses de inverno os Apeninos recebem neve regularmente.
A Itália é sujeita a condições altamente diversificadas no outono, inverno, primavera, quando o verão é geralmente mais estável mesmo nas cidades do norte, como Turim, Milão, Pavia, Verona ou Udine podem vir chuvas durante o dia. Já abaixo de Florença o verão é tipicamente seco e ensolarado.